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Foto do escritorTiago Santos

Expanda a sua imaginação

Foto de Gottfried Wilhelm von Leibniz
Foto de Gottfried Wilhelm von Leibni

Hoje eu gostaria de falar sobre o nosso potencial de impacto no mundo. Esse tema sempre me deixa com uma pulga atrás da orelha porque o tema do impacto no mundo é importante demais e está intimamente ligado à expansão da imaginação, só que a gente não percebe.


Olha só, o propósito da Érgo Academy é construir toda uma plataforma de conteúdos que sejam realmente relevantes para impactar pessoas, para transformar vidas por meio da transformação do ambiente corporativo.


Sou um publicitário, um gestor de pessoas e projetos focados no mundo digital (minha carreira toda tem sido assim) e é por isso mesmo que eu me orgulho de beber de fontes que acima não beberam muitos profissionais que querem impactar pessoas positivamente. Não que eu queira substituí-los ou ser melhor do que eles, quero apenas complementar o trabalho deles, ajudando pessoas a serem mais produtivas e terem mais resultado nessa jornada.


A coisa é séria, por isso não hesitamos em gastar do nosso tempo para produzir nosso melhor conteúdo.


E sabe porque mais? Vou te contar uma história

Eis que, lá na longínqua Alemanha do século XVII, mais precisamente em julho de 1646, nascia um sujeito chamado Gottfried Wilhelm Leibniz, que mais tarde viria a tornar-se um polímata.

Momento cult – você sabe o que é um polímata? É uma pessoa cujo conhecimento não está restrito a uma única área, alguém que detém um grande conhecimento em diversos assuntos, como muitos dos cientistas da antiguidade.

Leibniz era filósofo, matemático, cientista, engenheiro e um mestre na álgebra. Sua inteligência era tamanha que, além de impactar diversas áreas na filosofia, desenvolveu ideias de cálculos que foram consideradas mais modernas do que as de Isaac Newton.


Só que as chances de você já ter ouvido falar de Leibniz são bem menores do que as chances de você ter ouvido falar em Newton. Estou certo? Por que será? Será que Newton gerou mais impacto ou foi apenas mais "midiático" ou "Popular"? Vamos analisar um pouco?

Porque eu te trouxe a história desse tal Leibniz?

Porque ele tinha um perfil mais ou menos parecido com o de alguns dos gestores de projetos mais bem sucedidos (a coisa do polímata). Não que eu esteja falando de gênios, como ele foi, mas de pessoas normais, apaixonadas pela multidisciplinaridade e por estar sempre aprendendo coisas novas em diferentes áreas.


Enquanto o mercado de trabalho sempre ensinou que a gente deve se especializar em alguma coisa, cresce cada vez mais a tendência de valorização dos profissionais que cada vez mais ampliam os meus horizontes.


Mas a história de Gottfried Leibniz nos inspira particularmente por uma coisa: em sua busca pelo multiconhecimento, ele fez uma coisa que impactou a sua e a vida de quase todos na Terra: ele refinou o sistema de números binários (que já tinha sido inventado na Índia antes de Cristo). E esse refino, que virou o sistema binário moderno, tornou-se a base de funcionamento de todos os computadores do mundo.

Momento cult 2 – você sabe o que é o Sistema Binário? É um sistema baseado em dois números (0 e 1), um jeito de transformar qualquer coisa em código. Você provavelmente já ouviu falar do famoso Byte. Um byte é um 0 ou um 1;

Veja, eu tenho certeza que o filósofo alemão não fazia ideia do tamanho do impacto que teria no mundo, mas, tendo refinado esse sistema, ele deu uma enorme contribuição para:

  1. que os computadores existissem;

  2. que os smartphones existissem;

  3. que a internet existisse;

  4. que você esteja lendo este texto agora;

  5. que toda a transformação que o mundo vem passando, como revolução digital, indústria 4.0, inteligência artificial, eventos políticos como primavera Árabe e tantas outras coisas acontecessem.

Veja o caso do Brasil. Tivemos uma transformação política e social desde 2013, que culminou com a eleição de um outsider em 2018 que foi decidida essencialmente por causa da internet e das redes sociais, cenário esse que hoje gera tanta polêmica e polarização. Esquece a política, quero apenas te mostrar que tudo isso tem o dedo do tal filósofo alemão.


O cara escreveu um artigo em 1703 sobre este assunto e viabilizou, séculos depois, toda uma transformação mundial. Mas, ele que fez toda essa transformação? Claro que não. Ele só escreveu um artigo. E se não tivesse escrito, outra pessoa provavelmente o teria feito, mas quando? O curso da história certamente teria sido diferente, poderíamos talvez estar algumas décadas atrasados por causa disso. Nunca saberemos.


Estamos quase chegando no tema central do texto:

Assim como nunca saberemos o que poderia ter sido em nenhuma das nossas realidades passadas, nunca saberemos o que poderá ser delas também no futuro. A gente não tem como ter certeza sobre o nosso potencial de impacto no mundo, jamais saberemos.

A Érgo Academy tem apenas um ano de vida, mas mesmo assim pode impactar mais o mundo do que uma FGV ou ESPN e podemos morrer sem saber que isso aconteceu.


Número de clientes e/ou seguidores não é parâmetro para ninguém que quer fazer um trabalho sério de transformação de vidas. Antes impactar apenas uma pessoa que vai se tornar um "Leibniz" do que 10 mil seguidores no Instagram que não vão fazer quase nada com aquele conhecimento.


Agora, uma certeza dá pra ter: quem não age não causa impacto no mundo.

E quem quer agir pra ter resultado precisa de uma coisa muito importante, e essa sim é o tema central do texto:


Expandir a imaginação!


 

Não importa exatamente em qual área você atua, mas sei que, se você é uma pessoa de coração bom, tem ao menos a vontade de fazer algo para ajudar as pessoas. Isso se não faz ainda (Note que não estou falando sobre ser pago ou não por causa disso).


Só que a vontade quase sempre esbarra no medo e nas limitações que colocamos o tempo todo em nós mesmos. Quando queremos mergulhar em alguma coisa, nossos sensores mais primitivos começam a nos dizer que não estamos prontos, que não somos capazes, ninguém vai nos ouvir, ou ainda que não somos iguais a [seu influenciador preferido aqui].


Esses sensores estão instalados em todos nós, vêm de fábrica e são conhecidos por vários nomes, como instinto de sobrevivência, zona de conforto ou pelo mínimo gasto possível de energia (inclusive da mente).


Mas a boa notícia é que o contra-sensor, o antídoto, também vem de fábrica: a imaginação. É só olhar para uma criança (que não tem histórico para criar os sensores) e você verá que tenho razão. É por isso que elas nos alegram tanto com respostas e atitudes inimagináveis.


Isto posto, já se perguntou porque passamos a vida deixando os sensores ditarem nosso comportamento, ao passo que praticamente desabilitamos os contra sensores das nossas vidas?

Mas, para tudo! Eu estou limitando a minha imaginação? Como? Como você sabe? Se você está permitindo que rotinas ruins te consumam, esgotem seu tempo, te privem das artes, da música, do belo, da natureza, deixando-se viver dias mornos e sem graça, deixando de ler, deixando de meditar, deixando de fazer coisas novas, aprender coisas novas, conhecer gente nova etc., etc., etc.; Sim, você está limitando a sua imaginação!

Ora! A vida deveria ser um constante equilíbrio entre essas duas forças, como sempre foi na humanidade: o medo garantiu nossa sobrevivência desde os tempos das cavernas, mas foi a imaginação de homens como Leibniz que nos permitiu chegar tão longe no tocante às maravilhas do mundo moderno.


E enquanto você se limita, por medo, por vergonha, por se julgar incapaz, você esquece que as coisas não são tão "preto-no-branco": uma simples conversa de boteco com um amigo seu, uma informação que você troca, pode fazer com que esse amigo retransmita isso e, no efeito “telefone sem fio”, ou no efeito "dominó", isso pode gerar alguma ideia inovadora no amigo do amigo do amigo (sem trocadilhos com notícias do cenário nacional).


Você não controla isso e jamais saberá o quanto aquela conversa de boteco foi valiosa para o outro. E nem para você, a não ser que…

A não ser que você passe a valorizar as conversas de boteco. E não só as de boteco, mas que você passe a olhar para as interações da vida com um olhar diferente, com curiosidade, de peito aberto, querendo construir, debater, aprender e não apenas dar opiniões vazias para passar o tempo até chegar em casa e poder sair daquela situação chata.


Expandir a imaginação é olhar para essas realidades que se apresentam a todo momento com um olhar de amor à vida e ao outro, com a empatia real de quem quer realmente ampliar um pouco mais o horizonte de conhecimentos enquanto conhece uma pessoa nova ou conhece um pouco mais daquela velha pessoa.


Voltando ao filósofo do nome difícil, você acha que ele tinha ideia do que estava construindo quando escreveu um simples artigo científico? Acredito que você responderá que não (só um palpite).


Então, meu amigo, como você pode influenciar o mundo através de 2 ou 3 pessoas ao seu redor? Já pensou nisso? Isso gente pra caramba. Se uma conversa de boteco pode mudar o mundo (dizem que a Rede Globo nasceu numa conversa de boteco), então eu posso ter certeza que se eu falar algo que incentive uma única pessoa a perseguir uma ideia e ser produtiva nesse caminho, eu posso mudar o mundo também, mesmo que eu nunca venha a saber.


Chega dessa mania de querer ser grande, de querer ser o autor best-seller, o Youtuber com 10 milhões de seguidores, o consultor palestrante especialista em tudo no ambiente corporativo. Bora largar dessa mania e fazer bem feito aquilo que nosso coração manda que seja feito agora, fazer bem feito o nosso dever no trabalho e na vida, com atenção aos detalhes e às pessoas. Deixemos de lado as circunstâncias que a gente não controla e passemos a olhar o que pode ser feito no concreto, no agora, na realidade que se apresenta, mas com criatividade e imaginação.


 

Uma reflexão: quando a gente começa a achar que é uma bobagem comemorar uma pequena vitória, precisamos voltar ao início livro do Eclesiastes, que diz:

Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade. (Eclesiastes 1,2)

A passagem a seguir dá o exemplo de um homem que trabalhou com inteligência, competência e sucesso e tem que deixar a herança a quem não fez nada, mas eu trago isso num aspecto diferente: querer ser o “pica das galáxias” sem impactar o seu amigo e o seu vizinho é uma bela forma de vaidade.


Claro que a gente trabalha, sim, pelo dinheiro, a gente quer o crescimento, a grandeza, o acumulo de riquezas pra maior conforto nosso e da nossa família. Nos preocupamos, sim, com o que será feito com o nosso patrimônio. Mas a passagem que o Eclesiastes narra diz mais sobre aquele que faz isso sem se recordar ao longo da sua existência de que é preciso trabalhar para servir ao próximo, para melhorar o mundo ao nosso redor, pois é esse o maior (aliás, o único) patrimônio que vamos levar daqui.


E por falar nisso, tem uma outra passagem, um salmo, que diz:

Vós fazeis voltar ao pó todo mortal. (Salmo 89/90, 3)

A Bíblia fala que do pó viemos e ao pó voltaremos. Então, se é assim, estou quebrando agora todos os argumentos dos seus sensores primitivos que mandam você esperar para fazer alguma coisa.


A não ser que você creia em reencarnação (não é o caso de entrar nesse mérito), essa é a ÚNICA chance sua em TODA A ETERNIDADE de fazer alguma coisa de útil, de impactar alguém, de ajudar a construir alguma coisa. O que você está esperando?????


Você já sente a semente brotar no coração, sabe agora o que está te limitando, sabe como acionar os contra sensores para destravar essas amarras. Não tem mais desculpa.


Essas leituras que eu citei são de uma Missa que assisti tempos atrás, levei o folheto pra casa, pois me impactou muito. É tão belo o conjunto das leituras nesta Missa! Nela, São Paulo, ainda diz:

Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus (Colossenses 3,1).

Onde está o Cristo? Quais são essas coisas do alto? Estariam no céu? Distantes, no breu do espaço sideral? No tal cosmos, aquela coisa mística onde tudo é uma coisa só, tudo interligado, tudo é energia?


Ou estaria, como diz a Bíblia, no bom samaritano, no próximo que lhe pede ajuda, no “doar a vida pelo irmão“? Escolha seguir a Palavra no mundo das ideias ou no plano Real, onde São Tiago fala que a fé sem obras é vazia.


Se escolher agir, não espere mais um segundo. Ache uma maneira criativa e vai. Não espere ter a certeza da hora certa ou da perfeição (você nunca a terá). Convido você agora a expandir a imaginação postando um textão gigante com uma foto de um cara do século XVII.


Você pode ser jovem e achar que tem uma vida enorme, mas ele voa. Você possui um emaranhado de relações, conexões e possibilidades. Seu potencial de impacto no mundo é infinito e, aliás, ninguém tem um termômetro para medir isso e te julgar depois se deu certo ou não. Uma vida resgatada é melhor do que nenhuma, quem disse isso foi Jesus Cristo ao contar a história do pastor que se separou de 99 ovelhas para resgatar uma perdida.


Só você pode ouvir seu coração, ninguém mais pode. Olha bem pra dentro dele, faz uma análise sincera, estabelecendo uma hierarquia de valores para que você possa de fato entrar em ação, revestir-se de armadura, lança e escudo e lutar por esses valores.


Está na hora de colocar em prática aquela velha ideia que está num papel empoeirado na gaveta. Faz um pouquinho todo dia, mas faz.

Entra no mundo, entra na vida. Expanda a sua imaginação.


 

Ah, quase ia me esquecendo... Por que então Isaac Newton se tornou mais conhecido do que Leibniz?


Talvez a resposta resida não na magnitude das descobertas de ambos, mas na forma como suas histórias foram contadas e compartilhadas com o mundo. Newton, com sua famosa maçã, teve sua narrativa simplificada e amplamente divulgada, tornando-se um símbolo da ciência e da descoberta. Leibniz, apesar de suas contribuições fundamentais, lembra-nos que o impacto nem sempre é medido pela fama ou reconhecimento imediato.


Isso nos traz a essa reflexão crucial do texto: o verdadeiro impacto é frequentemente silencioso, multifacetado e interconectado, como as inúmeras vidas que tocamos sem perceber. Ao expandirmos nossa imaginação, abraçarmos a multidisciplinaridade e agirmos com propósito, estamos tecendo nossa própria história no vasto tapeçar da humanidade.


Sem querer ser repetitivo, mas... não busque apenas ser conhecido, busque antes criar um legado de contribuições significativas, sejam elas reconhecidas agora ou descobertas gerações à frente. Assim como Leibniz, que sem alarde moldou o futuro, seu impacto pode ser a pedra no lago que gera ondas intermináveis.


Em última análise, expandir a imaginação não é apenas sonhar mais alto, mas reconhecer que cada ação nossa, por menor que seja, carrega o potencial de mudar o mundo. Então, ao invés de nos perguntarmos por que Newton é mais conhecido que Leibniz, façamos a nós mesmos uma pergunta mais poderosa: Como posso, a partir de hoje, expandir minha imaginação para criar um impacto duradouro? A resposta, embora única para cada um de nós, começa com um simples passo: agir.

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