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Foto do escritorTiago Santos

A arte de saber decidir


Menina pensando

Esse texto é um apoio para quando você precisar tomar decisões. As informações que eu coloco aqui podem ser usadas tanto no dia a dia, nas pequenas decisões, quanto nas mais importantes e que causem maior impacto na sua vida.


Mas por quê eu precisaria de ajuda para tomar decisões?

Fazer uma compra, comer aquela sobremesa gostosa, tomar uma cerveja, comer um chocolate, escolher qual exercício fazer hoje, se é que vai fazer… Tudo isso são decisões que você toma no dia a dia. Quanto a essas, você pode até achar que está tudo sob controle, mas a verdade é que nosso cérebro está programado para economizar energia, principalmente nessas pequenas decisões.


Assim sendo, é o subconsciente que acaba comandando essas as escolhas. Nosso subconsciente somente cria argumentos para justificá-las e, nesse processo, achamos que estamos decidindo, mas não estamos.


É por isso que os famosos gatilhos mentais funcionam tão bem, pois mexem com o nosso lado emocional, que é quem decide de fato na maioria das vezes.


Agora, analise comigo: já parou pra pensar se em cada decisão corriqueira a gente ponderasse minuciosamente sobre os impactos em nossos planos, fizesse cálculos e analisasse variáveis? A gente não quer fazer isso, quer economizar energia.

Mas, às vezes é necessário, e não precisa muito. Uma pequena mudança de hábito já ajuda: quando nos forçamos a pensar um pouco mais sobre as pequenas decisões, nós tiramos o cérebro da zona de conforto, obrigamos ele a gastar energia e temos mais chances de tomar decisões realmente alinhadas aos nossos projetos e planos de vida.


Só que isso gasta energia, então precisa ser feito com inteligência.


Porque?

Porque temos que lidar também com aquelas decisões importantes, as que vão trazer um impacto significativo para as nossas vidas. Essas sim devem demandar a maior parcela de nossa energia diária. Então é preciso saber dosar .


E é justamente nesse sentido que esse texto é crucial. Porque eu quero aqui te dar mecanismos e ferramentas para decidir melhor sem precisar gastar tanta energia.


Além disso...


A insegurança, o medo, a incerteza e a vergonha muitas vezes nos impedem de tomar uma decisão importante rumo à nossa felicidade. Postergamos e adiamos (economizamos energia).


O que a gente não percebe é que a não tomada de decisão é também uma decisão. O tempo está passando e não decidir pode significar uma perda de oportunidade ou a prolongação de uma dificuldade em sua vida.


É preciso saber decidir. Seja no que é ordinário, seja no extraordinário!

Então, dito tudo isso, que tal aprender alguns truques para decidir melhor sem gastar tanta energia? Eu separei algumas perguntas abaixo que você pode usar sempre que precisar, principalmente naquelas mais importantes, até que isso vire um hábito automático que lhe permita refletir melhor no dia a dia também. Vamos lá.



1- Essa decisão que você precisa tomar… Já fez isso antes?

Se nunca fez, você caminha para um cenário de maior risco, e tudo bem ser assim. Mas se já fez, já conhece os prováveis resultados desta decisão, logo pense que não faz sentido seguir esse caminho se busca resultados diferentes.

2- Você sabe dizer com precisão quais resultados espera com esta decisão? Sabe do que precisará abrir mão? Vale à pena abrir mão em vista dos resultados que espera?

Se você ainda não fez uma análise sincera sobre isso não tome nenhuma decisão agora. Amadureça mais o assunto até que você conheça bem o resultado esperado e esteja plenamente disposto a abrir mão do que for necessário.

3- Você já ouviu quem precisa ouvir? Já consultou pessoas que serão impactadas por essa decisão? Já listou e procurou pessoas mais experientes que podem te aconselhar?

Não é justo tomar decisões que causem impacto na vida de outras pessoas sem consultá-las. Sua família, seus sócios, seus funcionários, todos precisam saber o que você está planejando e precisam ter a possibilidade de opinar. Salvo em ocasiões onde isso realmente não seja possível, a transparência é sempre a melhor jogada.


Também não é sábio agir sem conversar ou ao menos pesquisar a fundo histórias de pessoas que trilharam este caminho antes de você. Pode ser que o cenário para essas pessoas tenha sido completamente diferente do cenário que se apresenta para você agora. Isso muda tudo.

4- Desconsiderando o frio na barriga, que é natural, como você se sente em relação a esta decisão? Está mais receoso ou mais empolgado?

Aprenda a ouvir a sua intuição, ela pode te dar pistas poderosas sobre o que o seu coração deseja. Nunca despreze isso. Se não consegue interpretar seus sentimentos agora, verifique se pode esperar um pouco mais para isso. Evite ao máximo o impulso, pois ele geralmente dá ruim.

5- Você já parou pra pensar se vale tentar alternativas diferentes?

Conheça duas ferramentas que podem te ajudar a ampliar o seu campo de visão:


  1. Jogo do "E se?" - Funciona assim: pense na decisão sob a ótica de outros cenários: e se eu fosse muito rico? E seu não tivesse dinheiro nenhum? E se eu fosse um ator famoso? E se eu fosse um paraquedista? Use a criatividade para trazer outros pontos de vista sobre essa decisão.

  2. Jogo do ET – Imagine que um ET chegou na terra! Ele não conhece nada do planeta, dos nossos conceitos, valores, formas de agir etc. Que perguntas ele faria sobre sua decisão? Como você responderia? Consegue criar uma narrativa que faça sentido para um ET que está completamente fora do seu contexto? Divirta-se! Você vai se surpreender.

6- Esta decisão reforça quem você é, seus valores e crenças, ou você sente que ir por esse caminho pode, de alguma forma, contradizer o conjunto de valores que fazem você ser quem você é?

Essa pergunta é matadora porque sempre achamos que isso está implícito em nossas decisões corriqueiras, mas não está.  Como disse no início do texto, nossa mente nos engana, toma decisões por impulso e depois nos leva a criar os argumentos para justificá-las, muitas vezes quando já é tarde demais. Nesse processo, seus valores podem ser negligenciados sem você nem perceber e é por isso que a gente se depara às vezes com a pergunta: como eu pude fazer aquilo?

7- Como esta decisão se conecta com o restante do seu planejamento de vida, dos seus projetos pessoais e profissionais?

Pode até ser que você ainda não tenha um planejamento de completo e detalhado, mas certamente tem planos de curto e médio prazo. (Se você não tem, pare tudo, a primeira decisão que você precisa tomar na vida é construir esse planejamento, pois para quem não sabe aonde quer chegar, qualquer caminho serve, e nenhum será satisfatório). Depois que você traça um caminho claro para a sua vida, sabendo exatamente aonde quer chegar, qualquer decisão que te mova para a direção contrária precisa ser descartada, ou ao menos decidida com muita ponderação (às vezes, pode ser necessário freiar um pouco o processo, sabe-se lá o que se passa em sua vida).


Mas não ouse correr o risco de desistir dos seus sonhos, metas e projetos por conta de uma decisão errada. Isso pode significar sua felicidade. Avalie muito bem se essa decisão ajuda ou atrapalha o seu planejamento de vida. Avalie se esta decisão está alinhada às premissas que você estabeleceu em seu planejamento.


Essas são as 7 perguntinhas chave para tomar uma boa decisão. Se não tem certeza sobre essas respostas, espere, não decida ainda. Mas se uma oportunidade está passando e você precisa decidir rápido, siga a sua melhor pista sobre cada uma das perguntas, volte à pergunta 4 mais uma vez e decida rápido.

Agora: se você quer mesmo aprender a decidir de verdade, com técnicas fortes, testadas e validadas, baseadas em muito estudo da filosofia, da psicologia e da antropologia, você precisa conhecer o nosso curso: NUNCA FOI SORTE, É SABER DECIDIR.


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Desejo profundamente que você se torne um verdadeiro expert na arte de decidir.

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